Uma vontade como um daqueles sonhos bons, que a gente não consegue lembrar e acorda se perguntando se aquilo realmente aconteceu.
Não era vontade de nadar ou me bronzear. Era vontade de ligar para as amigas de manhã para marcar o sol da tarde, ficar fofocando na piscina, me arrumar toda só pra ir ao clube, comprar o sorvete caprichado do Bahiano, e depois ainda ir pro bar lá perto que vende açaí, pra ficar deitada nos "pufs" enquanto planejava o cinema da noite com as amigas, com os lábios roxos daquela delícia, que vinha acompanhado de morango, mel e granola, num pote bem grande de 500 ml.
Quando não voltava para a casa já de noite, morrendo de frio, com os cabelos molhados depois de nada à luz da lua, e as bochechas vermelhas, coradas de sol, eu voltava no final da tarde, esquentava o resto do almoço com a barriga pra dentro de fome enquanto assistia Malhação.
Quando não voltava para a casa já de noite, morrendo de frio, com os cabelos molhados depois de nada à luz da lua, e as bochechas vermelhas, coradas de sol, eu voltava no final da tarde, esquentava o resto do almoço com a barriga pra dentro de fome enquanto assistia Malhação.
Cheguei no clube, o sol era o mesmo, e o céu azul também, mas não encontrei muito mais que algumas senhoras fazendo hidroginástica enquanto o moço limpava a outra piscina.
O bar do açaí fechou e virou um escritório, as amigas estão estudando pro vestibular, o novo elenco de Malhação é uma bosta, e o sorvete do Bahiano agora custa dois e cinquenta.
É, o inverno começou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário