Joana conhecia muita gente chata, e se recusava a ser igual à eles.
De vez em quando, encontrava também muita gente legal e interessante, que às vezes ficava até confusa. Cada um tinha um jeito, uma personalidade, um estilo de vida diferentes, e Joana foi questionando seus padrões.
Ela percebeu que não poderia avaliar ninguém pela beleza: existem muitas pessoas bonitas por aí, mas o que as fariam especiais? Ainda mais que hoje em dia qualquer um pode ficar bonitinho com maquiagem e esses tratamentos loucos. A beleza é o mais relativo e instável de todos os valores. Quem é bonito para mim, não é para você, e quem é lindo hoje, pode não ser tão atraente amanhã.
Joana também não poderia julgar pelo estilo. Mesmo que muitas vezes este se refira à personalidade, qualquer conjuntinho pode ser copiado de uma revista de moda ou comprado em uma loja de shopping. Passou a desconfiar, até mesmo, dos que tinham bom gosto. Por mais que boa música e faro para as artes rendam alguns "pontinhos", também existe muito babaca curtindo Led Zeppelin por aí.
Joana percebeu que pessoas legais podem ser somente identificadas pelo brilho nos olhos e alguma coisa a mais que somente quem também é especial pode sentir, algo que não tem rótulo e muito menos fórmula.
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