- Tá pensando em quê?
- Cê me perguntou isso d'outra vez
- Tô perguntando de novo
- Eu penso em várias coisas ao mesmo tempo
- Cê já disse isso d'outra vez
- Tô dizendo de novo
...
E ficou aquele silêncio entre nós, aquele silêncio de sempre que dizia tanto e gritava mais ainda e ainda assim não falava nada. E eu me perguntava se aquele era o silêncio dos estranhos ou dos íntimos, dos indiferentes ou dos amantes, naquela tênue diferença tão significante e perturbadora e contraditória que um silêncio pode carregar.
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