terça-feira, 9 de abril de 2013

Dezoiteando

Completei dezoito anos. Bom, pelo menos é o que diz um número escrito em um papel com a minha foto que chamam de "Carteira de Identidade", mas não me lembro em nada de quando nasci para saber se procede e muito menos sei da minha real identidade. Quando eu era mais nova, achava que aos dezoito anos já estava-se no auge da maturidade, mas ainda me sinto frágil e desengonçada ao andar nas ruas, fico tímida ao comprar uma cerveja, por conta da minha carinha de criança e ligo dengosa pra minha mãe toda vez que tenho um problema ou um dia ruim. E ainda estranho, quando encontro com minhas amigas de infância que chegam dirigindo e conversamos sobre emprego e faculdade. Eu acho que só vou ser matura quando tiver lá meus vinte anos, mas já prevejo que quando chegar lá, ainda vou me sentir como agora. E o engraçado é que paquero meninos dessa idade, e os acho bem mais velhos, e de repente lembro que tenho quase a idade deles! Dezoito anos é muito pouco. Ontem mesmo eu tinha dezessete, como é que a gente muda de idade assim, de um dia pro outro? Agora eu faço legalmente, tudo o que eu já fazia desde os quinze, mas agora me dizem que sou adulta e devo assumir minhas responsabilidades. O pior é que faço legalmente algumas e continuo fazendo outras ilegalmente, mesmo (hehe). Eu ainda sou uma criança, e crescer é muito estranho. Mas vai ver a gente começa a crescer mesmo, quando a gente admite pra nós mesmos que ainda somos muito imaturos.

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